Egípcio de 29 anos foi atingido por disparos no abdômen e ficou gravemente ferido. Nesta sexta (3), soldados franceses foram atacados no museu por homem armado com facões.

A condição do homem que foi baleado e ficou gravemente ferido no Museu do Louvre, em Paris, após atacar soldados franceses com um par de facões está melhorando, e ele está fora de perigo, disse o escritório da procuradoria da França neste sábado (4).
O homem de 29 anos, um egípcio, foi identificado por fontes de segurança como Abdullah Reda al-Hamamy. Ele foi atingido por diversos disparos no abdômen na sexta (3), após o que o presidente francês François Hollande descreveu como um ataque terrorista.
A condição do homem teve uma “marcante melhoria”, disse um oficial no escritório da procuradoria. “A vida dele não está mais em risco”.
O ataque
Um soldado francês disparou contra o suspeito no Carrousel do Louvre, que é o centro comercial subterrâneo do museu por volta das 10h (hora local, 7h em Brasília). O homem chegou a agredir um militar.
Um grupo de quatro militares da Operação Sentinelle fazia a vigilância do local quando o homem foi na direção deles gritando “Allahu Akbar” (“Alá é grande”, em árabe), segundo a polícia francesa. Um dos militares ficou ferido no couro cabeludo e outro reagiu. Foram feitos cinco disparos contra o suspeito armado. Ele carregava, além dos facões, uma mochila que continha latas de tinta em spray, mas não explosivos, disse a polícia.
Em encontro dos chefes de estado da União Europeia, em Malta, o presidente François Hollande, parabenizou a atuação dos militares, e declarou que “a natureza terrorista [da operação] deixa poucas dúvidas”. “A ameaça [terrorista] segue, mas temos que enfrentá-la”, afirmou, segundo a France Presse.
Após o ataque, o Louvre foi esvaziado e a polícia restringiu o acesso ao estabelecimento, no centro da capital francesa. O museu reabriu neste sábado.
Estado de alerta
A França está sob o regime excepcional de estado de emergência desde os ataques em novembro de 2015, que deixaram mais de 130 mortos em Paris. Soldados patrulham diariamente as ruas e locais turísticos da capital. Em 2016, um caminhão atropelou e matou mais de 80 pessoasque assistiam à queima de fogos em comemoração ao 14 de Julho, Dia da Bastilha, em Nice, no sul da França.
Atingida duas vezes em 2015 por ataques extremistas, a França vive com medo de novos ataques, apesar de um aparato de segurança drasticamente reforçado. O grupo Estado Islâmico, que tem perdido terreno no Iraque e na Síria, onde proclamou um califado em 2014, ameaça regularmente a França, em retaliação à participação do país na coalizão militar internacional que combate os extremistas nos dois países.
g1
04/02/2017









