O destaque do atletismo, modalidade com mais competidores, é Jorge Tortoledo, único estrangeiro do evento. Nascido na Venezuela e vindo ao Brasil em 2019 como refugiado, Jorge encontrou no esporte paralímpico a oportunidade de superar as sequelas da meningite que afetou sua locomoção na infância. Competindo nas classes F34 e T34, ele mostra determinação e talento no arremesso de peso e nas provas de pista para cadeirantes.
Outro atleta que chama atenção é Carlos Elielson da Silva, indígena do povo Wapichana, que enfrenta desafios de locomoção devido a uma paralisia cerebral. Morador da comunidade Tabalascada, em Roraima, Carlos encontrou no atletismo a chance de se destacar e representar sua escola e sua comunidade nas Paralimpíadas Escolares.
Além dos destaques individuais, a competição é uma vitrine para jovens talentos do esporte paralímpico no Brasil. Muitos atletas que passaram pelas Paralimpíadas Escolares já conquistaram medalhas em grandes eventos, como os paraibano Petrúcio Ferreira, brasiliense Leomon Moreno e mineiro Gabriel Araújo, que são exemplos de superação e sucesso no esporte adaptado.
A delegação de São Paulo, a maior desta edição, busca manter seu histórico de vitórias e talentos revelados nas Paralimpíadas Escolares. Com 305 representantes, o estado é o atual campeão por equipes e o maior vencedor do evento, com 11 títulos. Minas Gerais, Santa Catarina, Espírito Santo e Mato Grosso do Sul também marcam presença no evento, que visa detectar e desenvolver talentos em diversas modalidades esportivas. Com a diversidade de participantes de diferentes regiões do país, a competição promete inspirar novos atletas a seguirem em frente e acreditarem em seus sonhos no esporte paralímpico.