A decisão, proferida na terça-feira, 16 de outubro, leva em consideração informações contundentes fornecidas pelo Batalhão Especializado em Policiamento em Estádios (Bepe), da Polícia Militar. Segundo a análise, houve envolvimento de indivíduos vestidos com uniformes da torcida em episódios de tumultos, roubos e invasões em ônibus e estações de trem, além de ações violentas registradas em 31 de agosto de 2025. Esses elementos foram determinantes para a negativa do juiz em homologar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que a Torcida Jovem havia firmado com o Ministério Público e o Bepe, que permitia a volta de seus integrantes aos eventos esportivos.
Em sua decisão, o juiz enfatizou a gravidade das ações envolvendo a torcida e destacou que a proibição é uma forma de zelar pela segurança nos eventos esportivos. O texto da decisão reafirma que, a partir daquela data, os membros da torcida estarão impedidos de comparecer a qualquer jogo, independentemente do clube que esteja em campo.
É importante ressaltar que essa não é a primeira vez que a Torcida Jovem enfrenta restrições. Em setembro de 2021, havia sido imposta uma proibição de três anos devido a outros incidentes violentos, sendo a primeira ocorrência em 2015, durante um jogo pelo campeonato estadual, entre Flamengo e Macaé. Desde então, a torcida se tornou alvo frequente das autoridades em relação a comportamentos considerados inadequados e perigosos.
Essa nova determinação é vista como um esforço para conter a violência que tem permeado o ambiente do futebol no Brasil, especialmente em um momento em que a segurança nos estádios se torna cada vez mais uma prioridade, tanto para os organizadores quanto para as autoridades. A esperança é de que essa medida contribuía para um ambiente mais seguro durante os eventos esportivos, promovendo assim um espaço onde todos possam desfrutar das competições de futebol sem receios.
