ESPORTE – Judô Brasileiro Sai Sem Medalhas em Dia de Disputas Intensas nas Olimpíadas de Paris



O judô brasileiro viu suas esperanças de conquistar mais medalhas nas Olimpíadas de Paris frustradas na segunda-feira (29). A principal expectativa recaía sobre Rafaela Silva, campeã olímpica na Rio 2016, que competia na categoria até 57 kg, uma das mais disputadas do judô feminino atual. Após uma exibição promissora, Rafaela não conseguiu subir ao pódio, perdendo a disputa pela medalha de bronze.

A trajetória de Rafaela na competição começou com uma vitória convincente nas oitavas de final. Enfrentando Maysa Pardayeva, do Turcomenistão, a brasileira venceu por ippon, garantindo sua passagem para a fase de quartas de final. Na etapa seguinte, Rafaela se encontrou com Eteri Liparteliani, da Geórgia. Em menos de dois minutos, ela aplicou dois waza-ari, assegurando a vitória e avançando para a semifinal.

No confronto que poderia levá-la à disputa pelo ouro, Rafaela enfrentou Mimi Huh, atual campeã mundial e representante da Coreia do Sul. A luta foi intensa e equilibrada, sem pontuações durante o tempo regulamentar. O empate levou a decisão para o golden score, onde Mimi Huh conseguiu imobilizar a judoca brasileira, culminando na vitória da coreana.

Desclassificada da final, Rafaela ainda teria a chance de assegurar o bronze contra a japonesa Haruka Funakubo. A luta foi extenuante e manteve-se empatada, estendendo-se por mais de quatro minutos no golden score. No entanto, uma punição aplicada à brasileira, por projetar um golpe usando a cabeça no tatame, resultou na vitória de Funakubo e o fim das esperanças de medalha para Rafaela Silva.

Essa Olimpíada marcou a terceira participação de Rafaela, de 32 anos, nesses jogos. Sua estreia foi em Londres, em 2012, e a consagração veio nos Jogos do Rio em 2016, onde conquistou a medalha de ouro. Ausente em Tóquio 2021 devido a uma suspensão por doping, Rafaela busca reescrever seu legado no judô.

Outro judoca brasileiro, Daniel Cargnin, que havia conquistado o bronze em Tóquio 2021, também entrou em ação nesta segunda-feira. Competindo na categoria até 73 kg, o gaúcho enfrentou Akil Gjakova, do Kosovo, mas foi derrotado por ippon, após receber dois waza-ari do adversário. Cargnin, que anteriormente competia na categoria até 66 kg, fez sua estreia olímpica na nova categoria de peso.

Nesta terça-feira (30), as esperanças do judô brasileiro se voltam para Ketleyn Quadros, que competirá na categoria até 63 kg para mulheres, e Guilherme Schmidt, na categoria até 81 kg para homens. A torcida brasileira aguarda ansiosa por melhores resultados e quem sabe, novos pódios para a modalidade.

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