ESPORTE – Festival Margem Visual: Museu Celebra Arte Periférica e Inclusão no Rio de Janeiro

Neste sábado, 3 de junho, o Museu da História e da Cultura Afro-Brasileira, localizado na Gamboa, região portuária do Rio de Janeiro, abre suas portas para uma programação gratuita como parte da terceira edição do Festival Margem Visual: Performance Periférica. O evento é uma realização do Mó Coletivo e conta com o apoio do Ministério da Cultura e da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro (Secec RJ), através da Lei Paulo Gustavo.

Mery Horta, artista e pesquisadora integrante do coletivo, destacou que a programação do festival será gratuita não apenas neste sábado, mas também no próximo, dia 10 de junho. A partir das 10 horas, os visitantes poderão conferir performances ao vivo e participar de seminários direcionados por artistas. Todos os eventos contarão com acessibilidade para pessoas com deficiência.

Além das performances e seminários, o museu abrigará até o dia 1º de setembro uma exposição com trabalhos selecionados pelo Mó Coletivo para o festival, também com entrada franca. No fechamento da mostra, os visitantes receberão um catálogo impresso que poderão levar para casa, contendo textos críticos e fotos dos artistas envolvidos. “As pessoas podem levar o livro para casa com textos críticos, fotos dos artistas”, explicou Mery.

Para esta edição do Festival Margem Visual, 20 artistas foram escolhidos através de uma curadoria executada por Mery Horta, Carolina Rodrigues e Mariana Maia, todas integrantes do Mó Coletivo e originárias da periferia da zona oeste do Rio de Janeiro. “Somos três mulheres negras que já trabalham com arte e têm pós-graduações na área de artes visuais. Trouxemos este festival para abrir espaço para outros artistas periféricos mostrarem seu trabalho”, afirmou Mery.

A curadoria do evento recebeu mais de 100 inscrições de artistas de diversas áreas periféricas do estado, todos focados em trabalhos de performance. “Recebemos trabalhos de fotografia em performance, vídeo em performance, performance ao vivo e também em diálogo com outros materiais, como escultura e instalações ativadas com a performance”, detalhou Mery.

Dos mais de 100 inscritos, 20 artistas foram selecionados, provenientes de várias regiões periféricas do Rio de Janeiro, como São João de Meriti, Nova Iguaçu, Favela dos Tabajaras, Maré, Quintino, Bangu e Niterói. Além disso, a organização deu prioridade a artistas e coletivos compostos por pessoas com deficiência, negros, indígenas, LGBTQIA+ e mulheres. Mery ressaltou que o festival proporciona uma oportunidade única especialmente para aqueles artistas que estão começando a carreira. “Para alguns é a primeira vez apresentando seus trabalhos, enquanto outros já têm destaque na cena contemporânea de artes visuais”, comentou.

Rafael Amorim, um dos artistas selecionados, falou sobre sua obra-performance intitulada “Comunhão”, que busca aproximar artista e público por meio do gesto de partilha de pão, em consonância com a relevância histórica do Museu da História e da Cultura Afro-Brasileira. Entre os outros artistas participantes estão Pajé Rita Tupinambá, Sueka, Preta Evelin, Milu Almeida, e outros nomes promissores.

Durante o mês de agosto, a exposição “Margem Visual: Performance Periférica” estará aberta ao público de terça a domingo, das 10h às 17h, com possibilidade de visitas mediadas e especializada em acessibilidade para grupos escolares.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!


Botão Voltar ao topo