Diante das acusações, promotores abriram uma investigação preliminar para apurar se Rubiales realmente cometeu o ato de agressão sexual. O caso tem dividido opiniões no país, com alguns apoiando o presidente da federação e alegando que o beijo foi consensual, enquanto outros defendem que o incidente marca um momento de mudança e denúncia do comportamento machista e do abuso sexual casual.
Manifestantes se reuniram em Madri na noite de segunda-feira para pedir a renúncia de Rubiales, classificando o ato como “terrivelmente nojento”. Cartazes com dizeres como “acabou” foram levantados pelos manifestantes, que utilizaram também o slogan do movimento nas redes sociais.
Os representantes regionais da federação de futebol também se posicionaram pedindo a renúncia de Rubiales e defendendo uma reestruturação da liderança esportiva que permita maior igualdade de gênero. Porém, até o momento, não foi proposta uma moção de censura contra o presidente.
Em meio a esse contexto, o governo interino do país se comprometeu a garantir que as mulheres desempenhem um papel maior na gestão esportiva. O ministro do Esporte em exercício, Miquel Iceta, saudou o plano da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) e anunciou que a paridade de gênero seria aplicada segundo uma recente lei esportiva, que prevê a presença mínima de 40% de mulheres na liderança de todas as organizações esportivas.
Para Iceta, o episódio envolvendo Rubiales marcou uma reação social e esportiva contra a discriminação de gênero, e afirmou que “acabou” a era de discriminação contra as mulheres.
É importante ressaltar que toda essa polêmica em torno do presidente da federação espanhola de futebol ainda está sendo investigada, e que o resultado da investigação será decisivo para definir o desfecho dessa história.