O presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Mizael Conrado, atribuiu esse sucesso ao planejamento estratégico adotado desde 2017 e a uma mudança na abordagem da entidade. Segundo ele, o foco na inclusão e no desenvolvimento de novos talentos foi fundamental para os resultados alcançados em Paris. Iniciativas como o Festival Paralímpico, Escolinha Paralímpica e Camping Escolar contribuíram para o desenvolvimento dos atletas brasileiros.
O plano estabelecido em 2017 visava conquistar entre 75 e 90 medalhas, além de consolidar o Brasil entre as oito delegações mais medalhadas. O desempenho das atletas femininas foi outro destaque, com as mulheres conquistando a maioria dos ouros brasileiros em Paris. O presidente do CPB ressaltou a importância de oportunidades para que as mulheres se destaquem ainda mais no cenário paralímpico.
A realização da Paralimpíada no Rio de Janeiro, em 2016, também teve um impacto significativo no crescimento do esporte paralímpico no Brasil. O investimento em infraestrutura esportiva e o aumento de recursos para o paradesporto foram alguns dos legados deixados pelo megaevento. No entanto, Mizael alertou para a necessidade de manutenção das instalações construídas para os Jogos do Rio, para que o país não retroceda em relação ao desenvolvimento esportivo.
Com um planejamento bem estruturado, foco na inclusão e no desenvolvimento de talentos, o Brasil conseguiu alcançar um desempenho histórico na Paralimpíada de Paris. O sucesso da delegação brasileira é resultado de anos de trabalho e investimento no esporte paralímpico, que continuam a impulsionar a participação do país em competições internacionais.