Os Jogos Parapan-Americanos de Santiago, no Chile, serão abertos oficialmente nesta sexta-feira (17), às 20h30 (horário de Brasília), em cerimônia no Estádio Nacional. O evento reúne 1.927 atletas de 33 países, competindo em 17 modalidades, até o próximo dia 26 de novembro.
A delegação brasileira conta com um total de 324 atletas, dos quais 288 integram o Bolsa Atleta, programa federal de patrocínio individual, o que representa 88,9% do total. Além disso, a delegação conta com dez atletas-guia do atletismo, três calheiros da bocha e dois goleiros do futebol de cegos.
O Brasil defende uma hegemonia na liderança do quadro de medalhas do Parapan, iniciada em 2007, quando o Rio de Janeiro sediou o evento. Em Lima (Peru), há quatro anos, os brasileiros alcançaram um recorde de 308 pódios, sendo 124 deles dourados.
Na delegação brasileira, 132 são estreantes no Parapan, o que representa aproximadamente 40% do total. A cearense Tércia Figueiredo faz parte desse grupo. A tenente reformada, que perdeu a força e o equilíbrio nas pernas por causa de um acidente de trabalho em 2011, integra a seleção de tiro com arco, modalidade que retorna ao evento após ficar fora em 2019.
Tércia Figueiredo tem a missão de ajudar o Brasil a garantir uma das vagas da modalidade à Paralimpíada de Paris (França) em 2024. No Chile, a atiradora tem de chegar, ao menos, à final do arco recurvo feminino.
Além do tiro com arco, o Brasil disputará em Santiago vagas paralímpicas em oito modalidades. No basquete em cadeira de rodas, as seleções campeãs masculina e feminina se classificam à Paralimpíada. No basquete, o Brasil não participa da Paralimpíada na modalidade desde 2016, no Rio.
O Brasil tenta voltar à Paralimpíada no rugby em cadeira de rodas. A seleção verde e amarela, assim como no basquete, não compete no maior evento paradesportivo do planeta desde os Jogos do Rio, em 2016. A equipe feminina precisa ser ouro em Santiago para se classificar a Paris.
No goalball, esporte para atletas com deficiência visual, o Brasil está garantido nos Jogos do ano que vem entre os homens, atuais tricampeões mundiais e paralímpicos. A equipe feminina, contudo, precisa ser ouro em Santiago para se classificar a Paris.
Estamos falando de uma competição fundamental para quem vive da modalidade no país. A delegação brasileira está confiante e determinada a conquistar excelentes resultados no Parapan, e juntos torcemos para que a delegação alcance suas metas e traga boas notícias para o Brasil.