O combate começou com um ritmo frenético. Nos primeiros segundos, Beatriz foi penalizada por falta de combatividade, o que indicava sua estratégia de tentar cansar a adversária, que contava com o fervoroso apoio da torcida local. Porém, não demorou para a brasileira mostrar a que veio. Ela buscava de forma incessante uma pegada alta no quimono da adversária, procurando criar as condições ideais para aplicar seu golpe. A francesa, entretanto, parecia adotar uma postura mais passiva, o que também lhe rendeu uma penalidade.
Com a situação equilibrada – uma penalidade para cada lado, lembrando que três penalidades resultam em eliminação conforme as regras do judô – a tensão aumentava a cada segundo. Beatriz demonstrava um claro controle da situação, executando entradas e trocas de base enquanto mantinha uma firme pegada na manga da adversária. Essas movimentações táticas evidenciavam sua maior iniciativa no combate, algo que poderia ser decisivo.
A francesa tentou responder ao domínio da brasileira com um golpe conhecido como sasae, semelhante à tradicional “banda” no Brasil, onde se busca desequilibrar o adversário deslocando o pé de apoio. Contudo, essa tentativa não resultou em pontuação, mantendo o placar zerado e o suspense no ar.
Beatriz Souza continuou com sua tática de manter a mão alta no quimono da adversária, algo que se mostrou eficaz ao longo do combate. Sua persistência foi finalmente recompensada quando, a cerca de 30 segundos do final, conseguiu aplicar o golpe decisivo, levando a francesa ao solo e selando a vitória por ippon.
A conquista representa não apenas uma vitória individual, mas também um momento de orgulho para o judô brasileiro nos Jogos Olímpicos de Paris 2024. Na final, Beatriz terá a oportunidade de lutar pela tão sonhada medalha de ouro, representando o Brasil e mostrando a força e a resiliência dos atletas do país.