A luta crucial teve um início eletrizante. Nos primeiros 30 segundos, Beatriz já traçava o caminho para o ouro ao executar um wazari, resultado de uma bem-sucedida tentativa de o-soto-gari. Este golpe, que consiste em varrer a perna da adversária e empurrá-la contra o solo, permitiu à brasileira abrir a pontuação e estabelecer uma vantagem inicial importante.
Durante o restante do combate, a estratégia de Beatriz Souza foi exemplar. Mesmo sob pressão e com duas advertências por falta de iniciativa, a brasileira manteve seu foco e não cedeu à tensão. Em um momento crítico, Raz Hershko tentou igualar o placar com um golpe decisivo, mas Beatriz, mostrando agilidade e inteligência tática, conseguiu se desvencilhar habilmente, evitando tocar o solo com a lateral ou as costas—fatores que poderiam ter mudado o rumo da competição.
A partir desse ponto, a israelense começou a demonstrar sinais de cansaço, enquanto Beatriz administrou a vantagem com precisão, mantendo-se concentrada até o final. A vitória final de Beatriz Souza não apenas acrescentou uma medalha dourada ao seu brilhante currículo, mas também foi um triunfo simbólico que elevou o Brasil ao 18º lugar no quadro geral de medalhas. A delegação brasileira agora ostenta uma contabilidade robusta de uma medalha de ouro, três de prata e três de bronze.
Esta conquista de Beatriz Souza reafirma o potencial do judô brasileiro no cenário internacional e infunde um senso de orgulho nacional. É um testemunho da dedicação e esforço de uma atleta que, no auge de sua forma, trouxe glória e reconhecimento ao país em um dos eventos esportivos mais prestigiosos do mundo. À medida que os Jogos Olímpicos de Paris 2024 avançam, a torcida brasileira enche-se de esperança e expectativa por mais feitos históricos como esse, que engrandecem o espírito olímpico e a pátria brasileira.
