Além disso, o diagnóstico revela que quase metade das atletas adultas (47,9%) não recebem nenhum tipo de salário ou ajuda de custo. Isso é um indicativo de que é necessário buscar a profissionalização da modalidade no país. Além disso, cerca de 70% das jogadoras têm jornada dupla, trabalhando em outras atividades para complementar seus rendimentos.
Para mudar essa realidade, o Ministério do Esporte está implementando a Estratégia Nacional para o Futebol Feminino. O programa prevê medidas para promover o desenvolvimento do futebol profissional e amador no país, além de investimentos e formação técnica para meninas e mulheres no mercado do futebol.
“A estratégia é uma iniciativa transversal, que aborda princípios da agenda social deste Governo: a equidade de gênero, o combate ao racismo e a redução das desigualdades. No caso do futebol feminino, a gente conta sempre com a parceria da Confederação Brasileira de Futebol [CBF] e das federações estaduais”, afirmou a ministra do Esporte, Ana Moser.
Entre as ações do programa estão o estímulo à participação das mulheres em posições de gestão, arbitragem e direção técnica de equipes, além da criação de centros de treinamento específicos para as mulheres, com metodologias adaptadas às necessidades femininas.
A divulgação desse diagnóstico coincidiu com a final da Copa do Mundo de futebol feminino entre duas seleções europeias, que têm se destacado pela evolução dos seus campeonatos nacionais nos últimos anos.
A Confederação Brasileira de Futebol também está comprometida com o desenvolvimento do futebol feminino. O presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues, declarou que receber a Copa do Mundo faz parte do projeto de desenvolver cada vez mais a modalidade no país. O Brasil oficializou sua candidatura para sediar a Copa do Mundo de futebol feminino de 2027.
Portanto, é importante que haja investimentos e iniciativas para profissionalizar o futebol feminino no Brasil, garantindo assim mais oportunidades e melhores condições para as atletas.