Especialistas apoiam implementação de leis para promover e regulamentar a produção do hidrogênio verde.



Especialistas destacaram a importância da criação de um ambiente regulatório favorável para impulsionar a produção de hidrogênio verde no Brasil. A abundância de recursos naturais, como a oferta de água, torna o país ideal para essa forma de energia limpa. Além disso, a implementação de um marco regulatório no setor aumentará a competitividade do Brasil e o capacitará para enfrentar os desafios da transição energética global.

Um debate promovido pela comissão especial do Senado, responsável por avaliar os programas de hidrogênio verde do governo e estimular o crescimento dessa tecnologia, contou com a participação de especialistas nessa área. O senador Cid Gomes, presidente do colegiado, reiterou a importância de ouvir estudiosos para elaborar uma legislação moderna e eficiente.

O hidrogênio verde, também conhecido como hidrogênio sustentável, é considerado o elemento mais leve do universo e possui alta densidade energética. Pode ser encontrado na forma combinada com outros elementos, como a água, ou na sua forma pura em jazidas terrestres. A extração desse recurso é um processo complexo e há raros casos em que é encontrado naturalmente em formações geológicas.

Além de ser utilizado nos modos de transporte, como rodoviário, aéreo, marítimo e ferroviário, o hidrogênio verde também pode ser utilizado em diversas indústrias, incluindo a de alimentos, na geração de eletricidade residencial e industrial, em refinarias, na produção de outros combustíveis e até mesmo na produção de fertilizantes e combustível marítimo. Países como a China, Coreia do Sul, Estados Unidos, Japão e Alemanha já estão utilizando veículos pesados movidos a hidrogênio.

Durante o debate, o diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), almirante Rodolfo Henrique de Saboia, ressaltou a importância de o Brasil se preparar para os desafios futuros relacionados à transição energética mundial. Ele destacou que a ANP está participando ativamente dessa transição, acompanhando projetos de lei que tratam do hidrogênio verde e instituindo um grupo de trabalho para discutir a estratégia do país nessa área.

Saboia enfatizou o potencial do Brasil para se destacar na transição energética, devido à sua grande capacidade de geração de energia renovável e à liderança do país em biocombustíveis e tecnologias hidrelétricas. Ele destacou que o hidrogênio verde pode ser uma fonte importante de energia para o Brasil, ajudando a diversificar ainda mais a matriz energética do país.

Outros especialistas também ressaltaram o potencial do Brasil na produção de hidrogênio verde. O superintendente de Estudos Hídricos e Socioeconômicos da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), Felipe de Sá Tavares, destacou a abundância de recursos naturais, como água doce e salgada, e o potencial hidrelétrico e eólico do Brasil. Ele afirmou que o país tem todas as condições para ser líder na produção desse combustível importante.

O Brasil também foi elogiado pelo superintendente de Pesquisa e Desenvolvimento e Eficiência Energética da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Paulo Luciano de Carvalho. Ele destacou que o país possui uma matriz energética 85% renovável e é protagonista nas energias renováveis. Carvalho ressaltou que o hidrogênio verde pode trazer flexibilidade operacional ao sistema elétrico, beneficiando o balanço entre carga e geração de energia.

Representantes do setor de transporte também se manifestaram a favor do desenvolvimento do hidrogênio verde no país. Érica Marcos, gerente executiva ambiental e representante da Confederação Nacional do Transporte (CNT), destacou as vantagens desse recurso energético, como emissões nulas de escapamento e tempo de abastecimento rápido para veículos pesados.

Em resumo, especialistas afirmaram que a criação de um ambiente regulatório favorável ao hidrogênio verde é essencial para aumentar a competitividade do Brasil e capacitá-lo a enfrentar os desafios da transição energética global. O potencial do Brasil na produção desse combustível limpo foi destacado, considerando a abundância de recursos naturais e a matriz energética renovável do país.

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