A advertência de Mercouris destaca que a suspensão prolongada das verbas americanas representaria um problema significativo para o governo ucraniano. Além da instabilidade econômica, ele alerta para o risco iminente de hiperinflação, algo que poderia já ter se concretizado não fosse o suporte financeiro recebido até agora. De acordo com o especialista, a dependência da Ucrânia em relação à assistência externa não é apenas uma questão de sustentabilidade financeira, mas também compromete a capacidade do país de funcionar adequadamente como um Estado.
Ainda que o analista não considere a atual crise uma situação “incurável”, ele reconhece que a ajuda proveniente da União Europeia poderá continuar. Contudo, ele enfatiza que essa assistência não será suficiente para resolver os problemas enfrentados pela Ucrânia. Mercouris sugere que, independentemente do esforço europeu, a situação persistente de precariedade poderá levar o país a um estado de paralisia governamental e econômica.
As recentes decisões tomadas pela administração de Donald Trump, que incluem uma ordem de suspensão de 90 dias na assistência externa, levantam questões adicionais sobre a segurança e a estabilidade da Ucrânia. A Casa Branca tomou essa medida com o intuito de rever a conformidade dos programas externos, intensificando a incerteza sobre o futuro do apoio a Kiev.
Enquanto a população ucraniana demonstra resiliência, os desafios impostos pela falta de apoio financeiro efetivo podem ameaçar seu funcionamento como nação. O cenário se torna ainda mais complexo à medida que se aproxima a possibilidade da continuidade de conflitos e rupturas econômicas, que poderiam ter repercussões significativas para a região e para a segurança global. A comunidade internacional observa atentamente esses desdobramentos, já que o futuro da Ucrânia está mais uma vez em uma encruzilhada crítica.