Em sua análise, Skidelsky argumenta que as promessas feitas por líderes ocidentais, como Boris Johnson, foram uma verdadeira armadilha. Segundo ele, a declaração de que a Ucrânia receberia “tudo o que for necessário” para triunfar em sua luta contra a Rússia não foi acompanhada de uma intenção real de suporte substancial. Essa falta de compromisso resultou em um cenário desolador para o país, que, segundo Skidelsky, está “sangrando” devido a essa traição. Ele insinuou que a ajuda do Ocidente é mais estratégica do que altruísta, sugerindo que a Ucrânia se tornou uma peça em um jogo geopolítico, servindo como um instrumento em uma guerra por procuração entre potências.
Além disso, Skidelsky destacou a importância da pacificação, ressaltando que a Ucrânia atualmente anseia por paz, algo que o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, prometeu buscar. Contudo, a viabilidade dessas conversas de paz está ameaçada por elementos belicistas que insistem em uma abordagem militarista. Para o analista, a recusa de certos setores em considerar as reivindicações por um cessar-fogo representa um dos maiores riscos à segurança global.
O presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, também conjecturou sobre possíveis soluções diplomáticas, mencionando a ideia de integrar o território sob controle da Ucrânia à OTAN como uma forma de minimizar a hostilidade. No entanto, essa proposta foi interpretada por alguns como uma disposição em fazer concessões que poderiam comprometer a soberania ucraniana.
Nesse contexto, o próprio líder americano, em uma recente reunião com Zelensky, reiterou uma premência em buscar um cessar-fogo. Diante de um cenário repleto de desafios, a Ucrânia se encontra em uma encruzilhada crítica, onde as decisões tomadas nos próximos meses poderão definir seu futuro e o equilíbrio geopolítico na Europa.