Espanha superou a Inglaterra na Copa mesmo com crises internas. Análise revela estratégia bem-sucedida.

O título da Espanha na final da Copa do Mundo da Austrália e Nova Zelândia foi uma verdadeira surpresa para todos os espectadores e especialistas. Desde o início da competição, a Espanha mostrou um futebol consistente e marcado por resultados inesperados. E na grande decisão, elas não deram chances para as inglesas, que chegaram como favoritas após conquistarem o título da Euro Feminina no ano passado.

Durante os quase 100 minutos de jogo, as espanholas dominaram a partida e não deram espaço para a Inglaterra. O gol da vitória por 1 a 0 foi marcado pela capitã Olga Carmona, sacramentando uma trajetória marcada por turbulências. A campanha das espanholas foi marcada por vitórias convincentes sobre a Costa Rica e a Zâmbia, nas quais mostraram todo o seu potencial ofensivo.

No entanto, a derrota por 4 a 0 para o Japão na fase de grupos foi um alerta de que ter a posse de bola não era o suficiente para avançar na competição. Foi preciso fazer ajustes nas fases seguintes. O trabalho do meio campo formado por Teresa Abelleira, Mariona Caldentey e Aitana Bonmatí foi fundamental para a conquista da Espanha. A própria Bonmatí foi eleita a melhor jogadora da Copa.

Além disso, a jovem Salma Paralluelo, de apenas 19 anos, também se destacou ao sair do banco de reservas e marcar um belo gol nas quartas de final, garantindo a classificação para a semifinal. Na final, ela recebeu a oportunidade de começar jogando e mais uma vez mostrou o seu talento.

A Espanha neutralizou completamente a Inglaterra na final, com intensidade desde o início e marcação alta. A posse de bola das campeãs foi superior à das inglesas ao longo da partida. Se não fosse pela brilhante atuação da goleira Mary Earps, o placar seria ainda maior.

O título da Espanha foi ainda mais surpreendente devido aos atritos internos enfrentados pela equipe. No ano passado, 15 jogadoras da seleção enviaram um e-mail pedindo dispensa das futuras convocações devido a divergências com o treinador Jorge Vilda. Apesar disso, a Real Federação Espanhola de Futebol manteve o treinador no cargo e ao longo dos meses algumas jogadoras pediram para serem reintegradas à seleção.

Durante toda a competição, o clima nos bastidores da seleção não era dos melhores, mas as jogadoras estavam dispostas a deixar as divergências de lado em busca do título. E no final, o resultado foi positivo. Agora, a expectativa é que Jorge Vilda continue no comando da equipe, mas ainda não se sabe quais serão as próximas comandadas por ele.

Na comemoração do título, um momento constrangedor aconteceu quando o presidente da federação organizou um “montinho” para ser erguido pelas jogadoras, e em seguida foi a vez do treinador Jorge Vilda. Apesar disso, o treinador se mostrou orgulhoso da conquista e afirmou que a equipe demonstrou o seu potencial ao longo da competição.

Em resumo, a conquista da Espanha na Copa do Mundo da Austrália e Nova Zelândia foi marcada por uma trajetória turbulenta e surpreendente. As espanholas superaram as expectativas e derrotaram as favoritas inglesas na grande final. A vitória foi conquistada com um futebol consistente, um meio campo sólido e com a participação decisiva de jogadoras como Olga Carmona, Aitana Bonmatí e Salma Paralluelo. Agora, a Espanha celebra o seu título mundial e projeta um futuro promissor para o futebol feminino no país.

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