Escolas devem se preparar para apoiar alunos com TEA: aspectos discutidos em audiência pública na Comissão de Educação.

Especialistas alertam para a necessidade de preparação das escolas e da comunidade em geral para apoiar o pleno desenvolvimento dos estudantes com Transtorno do Espectro Autista (TEA), diante do crescente número de casos diagnosticados. Em audiência pública na Comissão de Educação e Cultura do Senado, realizada na última quarta-feira (26), especialistas discutiram os desafios e perspectivas em relação à educação de alunos com TEA.

O senador Flávio Arns (PSB-PR), presidente da CE e ex-secretário de Educação no Paraná, propôs o debate sobre o parecer 50/2023 do Conselho Nacional de Educação (CNE), que define orientações para redes de ensino e educadores de estudantes da educação especial com TEA. Durante a audiência, foram apresentadas opiniões de debatedores que sugerem melhorias no parecer, bem como a importância da sua aplicação.

Fátima Gavioli, secretária de Educação em Goiás, enfatizou a necessidade de preparação dos profissionais da educação para lidar com estudantes autistas, citando o aumento significativo no número de diagnósticos na região. Ela ressaltou a importância de investimentos e recursos para a formação dos professores, a fim de garantir um ambiente pedagógico adequado para esses alunos.

A pedagoga Suely Menezes, relatora do documento no CNE, destacou que o parecer está em constante revisão e busca atender às demandas da sociedade, com o objetivo de fornecer orientações claras para as escolas lidarem com alunos com TEA. Diversos desafios foram apontados pelos participantes da audiência, incluindo questões financeiras, falta de preparo dos professores e a necessidade de ajustes nos currículos universitários.

O diretor de Políticas de Educação Especial na Perspectiva Inclusiva do Ministério da Educação, Francisco Alexandre Dourado Mapurunga, ressaltou a importância da descentralização dos investimentos para as escolas, visando oferecer suporte adequado para os estudantes autistas. Ele destacou a necessidade de envolvimento comunitário e de aprimoramento contínuo na área da educação inclusiva.

Em suma, a audiência pública evidenciou a urgência de promover a inclusão e o suporte necessário para os estudantes com TEA, ressaltando a importância do envolvimento de toda a comunidade escolar nesse processo. A busca por soluções e melhorias na educação de alunos com necessidades especiais deve ser uma prioridade das instituições de ensino e da sociedade como um todo.

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