O deputado procurou se isentar de responsabilidades ao afirmar que não faz parte da Executiva do partido e, portanto, não teria poder decisório sobre o caso. Ao ressaltar que o Fundo Partidário foi destinado ao PT, Paulão buscou minimizar sua ligação com o episódio. No entanto, ao admitir que a decisão de contratar o escritório de advocacia do filho de Barbosa foi aprovada pela Executiva do partido, o parlamentar reconheceu o impacto negativo dessa escolha.
As declarações de Paulão apenas reforçaram a impressão de que a estrutura partidária foi utilizada para atender interesses individuais, alimentando ainda mais a crise de credibilidade do PT. A insistência em negar qualquer desvio de recursos parece uma tentativa de desviar a atenção das questões éticas que permeiam o caso.
Além disso, Paulão acusou membros do próprio partido de exporem o caso para enfraquecer lideranças na disputa pela nova composição do Diretório Estadual do PT em Alagoas, o que gerou indignação e reforçou a ideia de que o partido tenta ocultar seus problemas da opinião pública. Apesar de ressaltar a ausência de penalidades por parte do Ministério Público Federal, o deputado ignorou o desgaste moral que o caso trouxe para o partido.
Em suma, as declarações de Paulão não foram capazes de dissipar as dúvidas sobre as práticas do PT em Alagoas e a gestão dos recursos públicos destinados ao Fundo Eleitoral. A crise ética revelada por esse episódio evidencia as dificuldades que o partido enfrenta em lidar com a transparência e o compromisso com seus princípios, contribuindo para aumentar a desconfiança pública e manchar a imagem do PT.