A investigação, que ocorreu entre 2021 e 2022, durante os governos de João Doria e Rodrigo Garcia, apontou práticas ilegais que resultaram em prejuízos milionários para a Desenvolve SP. A auditoria interna analisou 340 operações de crédito, classificando as suspeitas de fraude em diferentes níveis, incluindo casos prováveis, possíveis e remotos.
O esquema envolvia empresas que pagavam as primeiras parcelas do financiamento e, em seguida, desapareciam, tornando difícil para o banco recuperar o dinheiro emprestado. A polícia deflagrou uma operação e investiga as empresas suspeitas de fraudes, além de seus sócios e laranjas envolvidos. Além disso, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em diversas cidades.
A investigação também aponta para a atuação de procuradores que cobravam taxas abusivas para intermediar os contratos, conhecidos como “pastinhas”. Um dos procuradores identificados, Roberto da Cunha Vieira Filho, teve várias operações de crédito vinculadas a ele, com altos índices de inadimplência.
A Desenvolve SP não forneceu informações detalhadas sobre o caso, alegando que a investigação é sigilosa. No entanto, afirmou que os casos suspeitos de fraude estão sendo investigados pela Polícia Civil e ressaltou o compromisso do banco com a proteção de dados pessoais e o cumprimento das normas do Banco Central do Brasil.
Diante dos escândalos de fraude, a Desenvolve SP enfrenta um desafio para restaurar sua reputação e garantir a segurança e integridade de suas operações de crédito. O caso evidencia a importância da transparência e da fiscalização rigorosa para evitar práticas ilícitas que prejudicam não apenas a instituição financeira, mas também a economia do estado de São Paulo.