Escândalo na Desenvolve SP: Auditoria interna revela suspeita de fraude em 178 empréstimos, causando prejuízo milionário ao banco.



Uma investigação interna na Desenvolve SP, banco de fomento do governo paulista, revelou 178 empréstimos suspeitos de fraude, totalizando R$ 74 milhões em créditos liberados. A descoberta foi feita por meio de uma auditoria que identificou uma rede de operações fraudulentas envolvendo empresas, laranjas e funcionários do banco.

A investigação, que ocorreu entre 2021 e 2022, durante os governos de João Doria e Rodrigo Garcia, apontou práticas ilegais que resultaram em prejuízos milionários para a Desenvolve SP. A auditoria interna analisou 340 operações de crédito, classificando as suspeitas de fraude em diferentes níveis, incluindo casos prováveis, possíveis e remotos.

O esquema envolvia empresas que pagavam as primeiras parcelas do financiamento e, em seguida, desapareciam, tornando difícil para o banco recuperar o dinheiro emprestado. A polícia deflagrou uma operação e investiga as empresas suspeitas de fraudes, além de seus sócios e laranjas envolvidos. Além disso, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em diversas cidades.

A investigação também aponta para a atuação de procuradores que cobravam taxas abusivas para intermediar os contratos, conhecidos como “pastinhas”. Um dos procuradores identificados, Roberto da Cunha Vieira Filho, teve várias operações de crédito vinculadas a ele, com altos índices de inadimplência.

A Desenvolve SP não forneceu informações detalhadas sobre o caso, alegando que a investigação é sigilosa. No entanto, afirmou que os casos suspeitos de fraude estão sendo investigados pela Polícia Civil e ressaltou o compromisso do banco com a proteção de dados pessoais e o cumprimento das normas do Banco Central do Brasil.

Diante dos escândalos de fraude, a Desenvolve SP enfrenta um desafio para restaurar sua reputação e garantir a segurança e integridade de suas operações de crédito. O caso evidencia a importância da transparência e da fiscalização rigorosa para evitar práticas ilícitas que prejudicam não apenas a instituição financeira, mas também a economia do estado de São Paulo.

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