A companhia, sediada no Rio Grande do Norte, está atualmente impedida de celebrar novos contratos com a União até 27/01/2025, devido a infrações cometidas em um contrato de R$ 4,4 milhões firmado em 2021. Mesmo com a proibição, a Matera recebeu o montante para a manutenção da ponte, cujo pagamento foi feito entre 2021 e 2024, durante os governos Bolsonaro e Lula.
O valor repassado tinha o objetivo de realizar diversas obras de manutenção na estrutura, como limpeza, substituição de juntas de dilatação, recomposição de erosão, entre outros. O contrato foi realizado no âmbito do Programa de Manutenção e Reabilitação de Estruturas, que gerencia serviços de manutenção em obras de arte especiais, como pontes, túneis e viadutos.
Ao todo, a Matera Engenharia possui R$ 276 milhões em contratos com o governo federal, dos quais R$ 140 milhões já foram pagos. Além disso, a empresa recebeu R$ 1,3 milhão em emendas parlamentares, incluindo do chamado orçamento secreto, o que está sob investigação do STF e PF.
Enquanto isso, as autoridades continuam as buscas pelas vítimas do desabamento da ponte, que resultou em oito mortes confirmadas e nove desaparecidos. O Corpo de Bombeiros de Tocantins encontrou os corpos a cerca de 35 metros de profundidade no Rio Tocantins, juntamente com quatro veículos que estavam sobre a ponte no momento da tragédia.
Diante da situação, o ministro dos Transportes anunciou uma verba de R$ 100 milhões a R$ 150 milhões para a reconstrução da ponte, com previsão de conclusão em 2025. A expectativa é que a obra traga respostas às famílias das vítimas e melhore a segurança das estruturas de transporte do país.