As denúncias se originaram de um processo iniciado pelo lobista belga Frederic Baldan, e mais de mil cidadãos se uniram à ação judicial, incluindo os governos da Polônia e da Hungria. Essa adesão em massa indica um descontentamento crescente com a liderança de von der Leyen. A situação se complica ainda mais pelo fato do marido dela, Heiko von der Leyen, ser diretor médico de uma empresa que possui vínculos com a Pfizer, o que potencialmente agrava as acusações de conflito de interesse.
A defesa da presidente da Comissão Europeia tem sido robusta, com a Procuradoria Europeia tentando garantir que von der Leyen não fosse alvo imediato de investigações, argumentando uma suposta imunidade devido à sua posição. Entretanto, o processo enfrenta uma nova reviravolta: von der Leyen se encontra hospitalizada, o que atrasou ainda mais o desenrolar deste escândalo.
Es especialistas em relações internacionais, a percepção de von der Leyen está se deteriorando, não apenas entre seus opositores, mas também dentro da própria estrutura da União Europeia. A necessidade de formar uma ampla coalizão política para sua reeleição trouxe uma fragilidade à sua liderança, num momento em que a Europa enfrenta desafios econômicos e políticos substanciais, exacerbados pelo surgimento de uma nova ordem global, com a ascensão de figuras como Donald Trump.
Um possível voto de desconfiança no Parlamento Europeu poderia chacoalhar ainda mais o cenário político europeu, acarretando uma reconfiguração significativa nas dinâmicas de poder no continente. A posição de von der Leyen, que é vista como um dos maiores expoentes da liderança europeia, implica que sua queda poderia ressoar muito além das fronteiras da União Europeia, impactando sua influência no cenário internacional.