Escalada Opressora na Venezuela: Novo Líder da Oposição Preso em Meio a Protestos Violentos



A recente prisão de Ricardo Estévez, dirigente do partido Vamos Venezuela, acirrando ainda mais a tensão política no país, foi denunciada pela oposição venezuelana. A detenção de Estévez, que havia atuado na campanha eleitoral de Edmundo González nas recentes eleições presidenciais, adiciona uma nova camada de complexidade à já tumultuada cena política. Segundo informações divulgadas pela VPItv, Estévez foi abordado em seu veículo, no bairro de El Cafetal, em Caracas. Dois automóveis sem placas interceptaram seu carro, forçando-o a descer e levando-o sob custódia sem fornecer qualquer justificativa. Câmeras de segurança capturaram toda a operação.

Até o momento, as autoridades venezuelanas não confirmaram a prisão de Estévez ou divulgaram seu paradeiro, elevando a preocupação entre os defensores dos direitos humanos. A organização Justiça, Encontro e Perdão expressou alarme através de uma rede social, destacando a violação clara dos direitos do dirigente político e acusando as autoridades de abuso de poder.

A onda de repressão no país não se limita à prisão de Estévez. Freddy Superlano, ex-deputado e um dos líderes da oposição, também foi detido recentemente em Caracas. Superlano conseguiu gravar parte de sua detenção antes que seu celular fosse descartado. A situação ocorre em meio a uma escalada de protestos e tumultos contra a reeleição do presidente Nicolás Maduro, com ONGs relatando pelo menos onze mortes entre manifestantes e mais de 700 detenções.

A oposição reivindica a divulgação oficial das atas eleitorais, sustentando que Edmundo González teria vencido as eleições. Enquanto isso, protestos se espalham pelas ruas de várias cidades, com episódios de violência e vandalismo, incluindo a derrubada de estátuas do ex-presidente Hugo Chávez.

Diante desse cenário, a retórica do governo endureceu. Jorge Rodríguez, presidente da Assembleia Nacional, pediu a prisão de Edmundo González e de María Corina Machado, líder do Vamos Venezuela, acusando-os de fazerem parte de uma “conspiração fascista”. Rodríguez foi categórico ao afirmar que não haverá diálogo ou concessões processuais para os acusados, encorajando o Ministério Público a agir contra os “bandidos” e seus “patrões”.

Complementando as declarações de Rodríguez, Diosdado Cabello, vice-presidente do partido chavista, revelou que além dos milhares de manifestantes já detidos, há dez dirigentes da oposição no radar das autoridades. Segundo Cabello, essas pessoas, independentemente de suas identidades, serão presas.

O clima de tensão e repressão na Venezuela continua a atrair críticas da comunidade internacional. A Casa Branca já categoricamente classificou a repressão como “inaceitável”, acrescentando pressão sobre o governo de Maduro em meio à crise política e social que se agrava a cada dia.

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