ESA Lança Missão Inédita com Dois Satélites para Criar Eclipses Solares Artificiais e Estudar a Corona Solar em 2024



A Agência Espacial Europeia (ESA) está se preparando para um audacioso lançamento que promete revolucionar o estudo da coroa solar, a camada mais externa da atmosfera do Sol. Com data marcada para 4 de dezembro de 2024, uma missão composta por duas sondas espaciais da iniciativa Proba-3 partirá do Centro Espacial Satish Dhawan, na Índia. Este projeto ambicioso tem como objetivo criar eclipses solares artificiais no espaço, algo que jamais foi realizado antes.

Os satélites serão posicionados em uma configuração precisa, formando uma formação que permitirá que uma sonda se coloque diretamente à frente da outra, possibilitando a criação de uma sombra controlada sobre uma área específica da coroa solar. Estima-se que as sondas levem cerca de quatro meses para alcançar uma órbita elíptica alta, onde a distância mais próxima da Terra será de aproximadamente 600 km, enquanto a mais distante chega a quase 60.000 km.

O custo total da missão está estimado em cerca de 200 milhões de euros, algo em torno de 1,26 bilhão de reais. Especialistas afirmam que a Proba-3 representa um marco importante na exploração espacial, pois será a primeira vez que um arranjo tão preciso de espaçonaves será implementado. A expectativa é que as sondas realizem 50 eclipses solares por ano, cada um deles durando até seis horas, permitindo a coleta de dados valiosos sobre a coroa solar.

A luz da coroa solar, que geralmente é obscurecida pelo brilho intenso do Sol, pode ser observada de forma clara durante um eclipse solar total. Esta particularidade torna os eclipses um fenômeno precioso para os cientistas, que frequentemente dispõem apenas de poucos minutos para coletar suas observações. Após a realização dos primeiros eclipses artificiais, os pesquisadores esperam obter as primeiras análises em março de 2025.

Com esta nova empreitada, a ESA não só promete aprofundar o entendimento sobre a dinâmica solar, como também busca fortalecer a cooperação internacional em pesquisas científicas, essencial em uma era em que o conhecimento pode ser expandido através da colaboração global.

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