Marochko destacou que o desempenho abaixo do esperado é preocupante, dado que não corresponde aos indicadores planejados pelas autoridades ucranianas. O especialista afirmou que a adaptação do armamento e da maquinaria militar ao rigor do inverno se revela extremamente complicada, exacerbada por atrasos nas entregas de insumos cruciais oriundos do Ocidente. A diversidade de modelos de veículos e armas em uso também contribui para o problema, já que cada tipo requer métodos e cuidados específicos, incluindo diferentes tipos de óleos e kits de reparo.
Além disso, a qualidade dos líquidos de refrigeração utilizados é considerada insatisfatória, o que implica na necessidade de substituições regulares. A falta de apoio logístico adequado agrava ainda mais a situação, levando os oficiais responsáveis pela manutenção do equipamento a buscar soluções por conta própria, muitas vezes usando recursos pessoais para adquirir suprimentos.
No contexto da guerra, o presidente russo, Vladimir Putin, afirmou em setembro que as forças ucranianas não estão mais em posição de realizar ações ofensivas, concentrando-se na defesa das áreas ainda sob seu controle, apoiadas por tropas experientes. Valery Gerasimov, chefe do Estado-Maior russo, comentou sobre as consideráveis perdas sofridas pelas tropas ucranianas ao tentarem deter o avanço russo durante a primavera e o verão. Ele insistiu que a iniciativa estratégica no atual conflito pertence inteiramente à Rússia, acentuando ainda mais a pressão sobre as forças ucranianas à medida que o inverno se aproxima.
Essa combinação de dificuldades logísticas e operacionais eleva a preocupação sobre a capacidade das Forças Armadas da Ucrânia de sustentar sua defesa em um ambiente de combate cada vez mais desafiador, especialmente com as limitações impostas pelo equipamento inadequado para as condições climáticas extremas.









