Equador Implementa Tarifa de 27% em Importações do México em Meio a Crise Diplomática e Campanha Eleitoral de Daniel Noboa



O presidente do Equador, Daniel Noboa, anunciou a imposição de tarifas de 27% sobre as importações provenientes do México. Essa decisão ocorre em meio a um período de turbulência diplomática entre os dois países e foi divulgada um dia após Noboa encerrar sua campanha para a reeleição, às vésperas das eleições que ocorrerão em 9 de fevereiro. Noboa enfrentará Luisa González, representante do movimento de oposição Revolução Cidadã.

Em suas redes sociais, Noboa enfatizou que o Equador busca a integração comercial, mas não aceita abusos. Ele afirmou que a imposição dessa tarifa visa proteger a indústria local e assegurar tratamento justo para os produtores equatorianos. Noboa reafirmou seu compromisso com a assinatura de um tratado de livre comércio com o México, embora a tarifa vigente seja um complicador nessa negociação.

A timing do anúncio é significativo, pois coincide com uma nova rodada de tensões comerciais desencadeadas por ações do ex-presidente dos EUA, Donald Trump. Recentemente, Trump anunciou tarifas de 25% sobre produtos do México e do Canadá, além de 10% sobre as mercadorias da China. Essas decisões visam combater a imigração e o tráfico de drogas nos Estados Unidos. O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, reagiu imediatamente, propondo tarifas de 25% sobre os produtos americanos, enquanto a China planeja apresentar queixa à Organização Mundial do Comércio (OMC) contra as medidas tarifárias.

A crise do fentanil nos Estados Unidos, que resultou em mais de 100 mil mortes por overdoses em 2021 — um fenômeno que Noboa e muitos outros líderes discutem em suas plataformas — também é citada como um motivo para a resistência americana às importações, especialmente depois que Trump acusou a China de ser uma das principais responsáveis pela crise.

Essa situação coloca o Equador em um cenário delicado, onde a proteção da indústria local é crucial, mas as tensões internacionais e a dinâmica de negociação comercial com países vizinhos e grandes potências como os Estados Unidos e a China continuam a influenciar as decisões políticas e econômicas do país.

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