Equador elege Daniel Noboa como presidente em meio à violência e desafios econômicos


Daniel Noboa, filho de um dos homens mais ricos do Equador, foi eleito presidente no último domingo, com 52,2% dos votos, de acordo com a apuração de mais de 87% das urnas. Aos 35 anos, o empresário se tornará o chefe de Estado mais jovem da história do país. Sua eleição representa uma derrota para o correísmo, representado pela candidata Luisa González, que obteve 47,7% dos votos.

O pleito foi marcado pela violência, principalmente após o assassinato do presidenciável Fernando Villavicencio por narcotraficantes durante um comício em agosto. A segurança foi uma das principais preocupações do eleitorado equatoriano, em um país que se tornou um centro de operação de cartéis de drogas nos últimos anos, com um alto índice de violência.

A participação nas eleições foi de aproximadamente 82,33% dos 13,4 milhões de eleitores convocados. Durante a tarde, surgiu a denúncia de fraude com a circulação de imagens nas redes sociais de alguém preenchendo cédulas a favor de Noboa em um centro de votação. O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) anunciou a abertura de uma investigação sobre o caso.

Noboa governará o Equador por quase 17 meses, até o final do mandato do presidente Guillermo Lasso, que convocou eleições antecipadas para evitar o impeachment por acusações de corrupção. Especialistas consideram que esse mandato será uma espécie de pré-campanha para as eleições de 2025.

O novo presidente se comprometeu a combater o crime e os cartéis de drogas, em um país onde os homicídios quadruplicaram nos últimos anos e a taxa de homicídios está prevista para subir ainda mais. Além disso, o Equador enfrenta altos índices de pobreza e desemprego, com 27% da população vivendo abaixo da linha da pobreza.

Noboa, pouco conhecido na política, conseguiu ser o destaque do último debate presidencial, apresentando suas propostas e se colocando como uma opção fora da polarização tradicional do país. Sua proposta mais comentada foi a criação de navios-prisões para isolar os presos de suas redes criminosas.

No entanto, qualquer que seja o presidente, enfrentará dificuldades para concretizar suas reformas, já que nenhum dos candidatos possui maioria absoluta no Congresso. O Equador agora aguarda para ver como a gestão de Daniel Noboa se desenvolverá nos próximos meses e como o país enfrentará os desafios da violência, pobreza e desemprego.

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