Esse cenário alarmante surge apesar das promessas feitas pelo presidente Daniel Noboa, que havia garantido em um evento público que os apagões seriam resolvidos ainda em novembro. A realidade, no entanto, provou-se muito mais complexa. O descontentamento popular é palpável, exacerbado pelas expectativas não cumpridas em relação ao combate à estiagem, uma questão que tem causado indignação na população.
Desde o final de 2023, o Equador vem enfrentando cortes de energia, uma situação que foi agravada pela escassez de chuvas. Os críticos da administração de Noboa argumentam que a crise energética é resultado da falta de um planejamento adequado para o setor energético e da negligência nas manutenções das usinas termoelétricas, além do aumento da demanda e da corrupção que permeia o setor. A combinação desses fatores resultou em uma catástrofe que afeta a vida cotidiana de milhões de equatorianos.
Embora a situação atual indique uma melhora em relação a semanas anteriores, quando os cortes chegavam a 14 horas diárias, o governo ainda reconhece um déficit na capacidade geradora de eletricidade que gira em torno de 1.089 megawatts (MW). Para mitigar os impactos da crise, o país recorreu à importação de energia da Colômbia e anunciou a aquisição de novos equipamentos que visam aumentar a produção elétrica, além de receber uma barcaça turca que acrescentará 100 MW à capacidade nacional.
Enquanto o governo tenta navegar por essa crise sem precedentes, a pressão popular e a crítica ocorrem de maneira intensa nas redes sociais, deixando claro que os desafios serão enormes não apenas para a administração atual, mas também para o futuro energético do Equador.