A rota da maconha e do pó tornou-se uma modalidade comum para atender à demanda dos usuários residentes nos prédios do Sudoeste e nas casas do Cruzeiro. Uma rede bem estruturada de entregadores motorizados foi identificada e mapeada pela Seção de Repressão às Drogas (SRD) da 3ª Delegacia de Polícia (Cruzeiro).
A eficácia do serviço de delivery contribuiu para um aumento significativo no número de ocorrências relacionadas ao tráfico de drogas registradas pela delegacia ao longo do ano, totalizando 252 casos entre janeiro e dezembro. Essa alta produtividade é notável, considerando que a unidade policial abrange áreas geograficamente pequenas, como o Sudoeste e o Cruzeiro.
Por meio de transações realizadas principalmente em redes sociais e aplicativos de mensagens, o sistema de delivery conquistou a clientela local devido à rapidez, comodidade e discrição. Com 38 autuações por tráfico de drogas, sendo a maioria delas decorrentes do modalidade de entrega, a polícia passou a monitorar e identificar os envolvidos nessa rede de tráfico que movimenta maconha, cocaína e crack nas três regiões.
Essa nova forma de comercialização praticamente eliminou o modelo tradicional, no qual o usuário se deslocava até o traficante para adquirir drogas. No sistema de delivery, o traficante realiza a transação de dentro de sua residência, marcando o encontro com o cliente para a entrega da substância entorpecente. Uma prática que desafia as autoridades e coloca em xeque a segurança e a ordem pública nessas regiões urbanas.