Apesar do montante expressivo, a Enel não mencionou um projeto de enterramento de fios elétricos, medida que especialistas destacam como essencial para prevenir apagões em dias de tempestade, como os ocorridos no ano passado. A implantação de redes subterrâneas é considerada viável, porém enfrenta desafios logísticos e requer um alto investimento, estimado em R$ 20 bilhões somente na região central de São Paulo, segundo a Prefeitura.
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, propôs no ano passado a contribuição opcional dos moradores com condições financeiras para acelerar o processo de enterramento dos fios, em parceria com a administração municipal. Essa iniciativa visa melhorar a segurança energética e evitar transtornos causados por falhas na rede elétrica.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, declarou durante um evento da Enel que a concessionária passa por um estágio probatório após os episódios de falta de energia em São Paulo. A empresa terá que comprovar, até o verão 2024-2025, as melhorias nos serviços prometidas para garantir a qualidade e segurança no fornecimento de energia elétrica.
Com foco na melhoria da qualidade do serviço prestado aos 15 milhões de clientes, a Enel destinará cerca de 80% de seus investimentos em suas distribuidoras de energia até 2026. A empresa ressalta a importância de manter um atendimento ágil durante a temporada de chuvas, o que exigirá investimentos significativos em modernização e expansão da rede elétrica, além de aprimoramentos na infraestrutura de comunicação e prevenção de falhas.
Ao longo dos próximos anos, a Enel prevê a contratação de 5 mil colaboradores para atuar em campo e a integração de 1.650 novos veículos à sua frota, visando intensificar as manutenções preventivas. Com promessas de investimentos crescentes em São Paulo, Ceará e Rio de Janeiro, a empresa busca reforçar sua presença no mercado de energia elétrica e garantir um serviço confiável e eficiente para seus consumidores.