Essas enchentes superaram as ocorridas em 1941, demonstrando a gravidade da situação atual. As previsões indicam que as chuvas devem continuar por pelo menos 10 dias na capital, Porto Alegre, com o nível do Guaíba acima de 4 metros até o final de semana. O sistema antienchente da cidade está no limite, tornando o escoamento da água mais lento.
Os fortes temporais foram causados pela presença de uma massa de ar frio vinda do sul, que se estacionou sobre o Estado devido à presença de uma massa de ar seco e quente no Centro do Brasil. Isso resultou em uma instabilidade intensa e precipitação constante na região.
As áreas mais afetadas incluem o centro-oeste, o centro, a região dos vales, a região metropolitana e o Litoral Norte do Estado. Cidades como Canela, Gramado, São Francisco de Paula, Nova Petrópolis, Vale Real e Feliz precisaram evacuar os habitantes para abrigos públicos. O Rio Guaíba em Porto Alegre ultrapassou os cinco metros pela primeira vez, levando a alagamentos históricos na região.
O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviou um Projeto de Decreto Legislativo para agilizar as ações do governo federal de assistência ao Estado gaúcho. O governador Eduardo Leite afirmou que o Rio Grande do Sul precisa de um “Plano Marshall” de reconstrução em referência à ajuda financeira dada à Europa após a Segunda Guerra Mundial. A ação conjunta dos governos Estadual e Federal, juntamente com o Legislativo, será essencial para a reconstrução e assistência às comunidades afetadas pelas enchentes históricas no Rio Grande do Sul.