Enchentes avançam em áreas recuperadas e causam novo caos em Porto Alegre e região metropolitana, com sistema de prevenção e bombeamento colapsado.



As fortes chuvas que atingiram Porto Alegre e região metropolitana do Rio Grande do Sul nesta quinta-feira, 23, causaram novos transtornos e agravaram a situação de enchentes em várias áreas. Enquanto parte dos bairros ainda se encontrava submersa, locais onde a água havia diminuído voltaram a ser inundados, devido ao colapso no sistema de prevenção e bombeamento, além do aumento da chuva e do vento que represam o escoamento do Lago Guaíba.

A prefeitura da capital gaúcha teve que suspender as aulas nas escolas privadas e públicas que haviam retomado as atividades, devido à piora da situação. Além disso, vários estabelecimentos públicos em áreas alagáveis, como postos de saúde, também tiveram suas atividades interrompidas. A situação se estendeu para o interior, especialmente na “Região dos Vales” e no entorno da Lagoa dos Patos, onde as enchentes também têm causado estragos.

Com a intensidade das chuvas, duas passarelas instaladas pelo Exército entre Lajeado e Arroio do Meio e outra em Candelária foram rompidas, prejudicando a locomoção entre as localidades isoladas. Felizmente, não houve feridos nessas ocorrências. Por outro lado, o aumento nos casos de leptospirose tem sido preocupante, com quatro mortes confirmadas em diferentes regiões do Estado.

A Defesa Civil informou que, em todo o Rio Grande do Sul, cerca de 2,3 milhões de pessoas foram diretamente afetadas por enchentes, deslizamentos de terra e chuvas intensas, com mais de meio milhão de desalojados e dezenas de milhares de pessoas em abrigos. O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, ressaltou que a quantidade de chuva foi maior do que a esperada, atingindo áreas que não costumavam ser afetadas. Ele mencionou a necessidade de alerta para toda a cidade, em especial para as regiões já alagadas.

O Instituto Nacional de Meteorologia emitiu um alerta de “grande perigo” para grande parte da região central, metropolitana e sul do Estado, com risco de grandes alagamentos e transbordamentos de rios. O acúmulo de lodo e sujeira também tem dificultado o escoamento da água, contribuindo para a situação crítica. O Dmae está trabalhando para retomar o sistema de bombeamento, com parte das casas de bombas operando de forma parcial.

Diante desse cenário, a população afetada pelas enchentes segue preocupada e clamando por orientações e medidas efetivas para lidar com a situação. A falta de planejamento e prevenção adequados tem sido motivo de críticas, mas as autoridades locais ressaltam que estão agindo para minimizar os impactos das chuvas e enchentes. A volta da chuva tem gerado novos pontos de alagamento, exigindo uma resposta rápida e eficaz por parte das autoridades competentes para garantir a segurança e o bem-estar da população.

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