Na última sexta-feira, a Comissão Europeia anunciou que interromperia a publicidade no X, seguindo a decisão da IBM, que já havia tomado uma postura semelhante anteriormente. A suspensão dos anúncios está relacionada não apenas com o conteúdo postado por Elon Musk, mas também com a localização dos anúncios na plataforma. Empresas como IBM e Apple têm visto suas peças publicitárias serem veiculadas ao lado de conteúdo antissemita, causando desconforto e insatisfação.
A postura de Elon Musk tem sido motivo de preocupação para investidores e acionistas das empresas controladas pelo empresário. Kristin Hull, fundadora e CEO da Nia Impact Capital, expressou choque em relação às postagens feitas por Musk e afirmou que o impacto do discurso errático, racista e antissemita do CEO diretamente afeta a marca e o resultado final da Tesla.
A suspensão dos anúncios feita pela IBM recebeu apoio de outras organizações. A Comcast, empresa de telecomunicações do grupo Comcast, e a rede de televisão Bravo, de propriedade da NBCUniversal, também da Comcast, estão investigando a questão. A Apple e a Oracle, empresas cujos anúncios também foram exibidos ao lado de conteúdo pró-nazista, não se manifestaram publicamente sobre o assunto.
A polêmica tem refletido no mercado acionário, com as ações da Tesla, empresa de Elon Musk, sofrendo queda após as postagens controversas feitas pelo CEO. O cofundador da empresa de gestão de patrimônio Gerber Kawasaki, Ross Gerber, que é acionista da Tesla, expressou indignação com as atitudes de Musk, afirmando que nunca havia enfrentado uma situação semelhante com uma empresa na qual já investiu.
Até o momento, tanto a empresa X quanto Elon Musk não se pronunciaram sobre o assunto, enquanto a repercussão das postagens antissemitas do empresário continua a gerar impacto em diversos setores, incluindo o mercado financeiro e a publicidade online.