As promessas de Trump incluem a imposição de tarifas de até 20% sobre produtos europeus e até 60% sobre os provenientes da China. Essa abordagem protecionista, caracterizada por reduções de impostos no mercado interno dos EUA, promete movimentar o mercado acionário americano, mas preocupa profundamente os investidores europeus, que já enfrentavam dificuldades devido à demanda fraca na China e outros desafios globais.
Analistas apontam que as reações do mercado europeu estão refletindo não apenas preocupações imediatas, mas também uma visão de longo prazo sobre as consequências de uma administração Trump para a economia global. Para agravar a situação, as apostas em plataformas de previsão indicam um aumento nas chances de Trump retornar ao cargo, passando de 48% para 62% em um mês, segundo dados da bolsa de criptomoedas Polymarket.
Apesar da reação negativa inicial do mercado, alguns especialistas consideram que o temor generalizado pode ser exagerado. Historicamente, os mercados tendem a se adaptar após a definição de um vencedor, e a expectativa é que ajustes possam ser feitos para mitigar os impactos das tarifas. Entretanto, o cenário atual demonstra claramente a fragilidade de setores que já enfrentavam uma série de dificuldades, colocando em evidência a necessidade de uma estratégia mais robusta por parte das empresas europeias para navegarem pelas incertezas impostas pela política externa dos Estados Unidos.
Em meio a esse clima instável, o futuro das relações comerciais transatlânticas permanece em jogo, e os próximos passos na arena política dos EUA podem definir o rumo de muitos setores da economia europeia. A pressão contínua das tarifas e a retórica de uma possível guerra comercial são desafios que, se concretizados, podem levar a uma alteração significativa no panorama econômico europeu.