Empresas de apostas suspendem mercados eleitorais ilegais para prefeituras das capitais brasileiras após alerta do Ministério da Fazenda.



Três das cinco empresas de apostas online que estavam oferecendo apostas sobre os resultados das eleições para prefeituras das capitais brasileiras na quinta-feira, 12, suspenderam seus mercados eleitorais nesta sexta-feira, 13. De acordo com informações obtidas pelo Estadão, a prática de apostas eleitorais é considerada ilegal pelo Ministério da Fazenda e pode configurar propaganda irregular, dependendo da forma como as empresas divulgam esses eventos.

Na tarde de quinta-feira, a Betano, Sportingbet, Bet365, Betspeed e Superbet estavam aceitando apostas sobre os próximos prefeitos de cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. No entanto, na noite de sexta-feira, apenas duas empresas mantiveram o serviço ativo: Betspeed e Bet365. A Betano se recusou a comentar sobre o assunto, enquanto as outras quatro empresas não responderam às solicitações do Estadão.

Sem uma regulamentação específica por parte do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), as empresas têm oferecido aos usuários a possibilidade de apostar nos candidatos que consideram ser os prováveis vencedores. Caso acertem a aposta, os jogadores recebem um retorno financeiro por parte das empresas de apostas.

Apesar de não haver proibição eleitoral direta, o Ministério da Fazenda enfatizou que os jogos com temática política são considerados ilegais no Brasil. A pasta destacou que as empresas de apostas podem criar mercados apenas para eventos esportivos ou jogos online, e que apostas relacionadas à política não são permitidas pela legislação brasileira.

Especialistas em direito eleitoral consultados pela reportagem afirmaram que a criação de apostas pelas empresas não configura um crime devido à ausência de regulamentação específica sobre o assunto. No entanto, esses especialistas destacaram que os jogos podem ser interpretados como propaganda irregular, dependendo da maneira como são divulgados pelas empresas. O TSE informou que só julgaria o caso se fosse provocado por alguma parte interessada.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!


Botão Voltar ao topo