Empresários cautelosos: 66% dos bares não pretendem contratar novos funcionários para o Carnaval, revela pesquisa da Abrasel.

No cenário econômico atual, os empresários do setor de bares e restaurantes estão adotando uma postura cautelosa em relação às contratações temporárias para o Carnaval. De acordo com um levantamento realizado pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), a maioria dos estabelecimentos, cerca de 66%, optou por manter o quadro atual de colaboradores, visando conter gastos em meio a um contexto de instabilidade financeira.

A expectativa de melhora no faturamento durante o período do Carnaval contrasta com a decisão conservadora dos empresários em não contratar novos funcionários. Segundo a pesquisa, 69% dos empresários acreditam que terão um aumento no faturamento durante o Carnaval deste ano em comparação com o mesmo período do ano anterior.

José Eduardo Camargo, líder de conteúdo e inteligência da Abrasel, destacou que, apesar das expectativas positivas em relação ao Carnaval, muitos estabelecimentos enfrentaram prejuízos em janeiro, o que os levou a adotar uma postura mais conservadora em relação às novas contratações. A perspectiva de equilibrar as contas com o aumento do movimento no Carnaval é um dos principais motivos para a decisão dos empresários.

Além do Carnaval, o levantamento também apontou que apenas 19% dos estabelecimentos pretendem realizar novas contratações no primeiro semestre do ano, que conta com datas importantes para o setor, como o Dia dos Namorados e o Dia das Mães.

Outro ponto abordado na pesquisa foi o reajuste de preços no cardápio, visto o aumento da inflação de alimentos e bebidas nos últimos meses. Com o aumento dos custos operacionais, 36% dos bares e restaurantes reajustaram os preços, enquanto 23% permaneceram abaixo do índice de inflação. Por outro lado, 32% dos estabelecimentos enfrentaram dificuldades para repassar os aumentos de preços aos consumidores.

Sobre o nível de endividamento, a pesquisa apontou que cerca de 40% das empresas têm pagamentos em atraso, sendo os principais débitos relacionados a impostos federais, estaduais e empréstimos bancários. Diante desse cenário, os empresários do setor de bares e restaurantes seguem adotando medidas cautelosas para garantir a sustentabilidade financeira de seus estabelecimentos.

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