Empresário entrega relatório de 180 páginas à CPI sobre manipulação de jogos de futebol, senador Kajuru confirma recebimento.


Na última segunda-feira (22), o senador Jorge Kajuru, presidente da CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas, revelou que recebeu um extenso relatório do empresário John Textor, contendo mais de 180 páginas, com informações sobre possíveis manipulações de jogos de futebol. Em um depoimento prestado à CPI, Textor reiterou suas denúncias e condicionou a entrega do documento a uma reunião secreta, que foi realizada no mesmo dia à noite.

Durante a reunião secreta, Textor apresentou detalhes sobre jogos do Botafogo e de outras equipes, exibindo imagens e documentos que trouxeram à tona indícios significativos de irregularidades. O presidente da comissão, Jorge Kajuru, afirmou que os membros da CPI irão analisar minuciosamente os relatórios e as informações fornecidas pelo empresário.

Nessa linha, o senador Dr. Hiran, do PP-RR, agradeceu a Textor por sua disposição em colaborar com a CPI, permanecendo mais de cinco horas prestando esclarecimentos. Durante a reunião, o senador brincou com o empresário, solicitando que contratasse dois zagueiros de qualidade para o Botafogo. Por sua vez, o senador Carlos Portinho, do PL-RJ, destacou a relevância das denúncias de Textor e defendeu que há elementos técnicos que justificam a abertura de investigações a respeito.

A expectativa é de que a CPI receba mais colaborações semelhantes à de John Textor, pois para Portinho, existem razões válidas para aprofundar as apurações sobre possíveis manipulações de jogos. O empresário, por sua vez, reiterou seus argumentos durante o depoimento aberto, afirmando que uma empresa de análise de comportamento identificou irregularidades em jogos do campeonato brasileiro.

Textor revelou ter enviado um relatório à CBF em dezembro de 2023 com indícios de manipulações, além de ressaltar sua transparência nos negócios no país. Ele elogiou a coragem da CPI em investigar suas denúncias e destacou que o problema da manipulação de jogos não é exclusivo do Brasil, mas sim uma questão global. A atitude do Senado em enfrentar essa problemática foi enaltecida pelo empresário durante seu depoimento.

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