Gritzbach, que era jurado de morte pelo PCC, contou detalhes de operações milionárias para lideranças da facção criminosa, como Anselmo Santa Fausta e Claudio Marcos de Almeida. O empresário também mencionou lavagem de dinheiro envolvendo a empresa de ônibus UpBus, da qual os dois suspeitos citados eram sócios.
O motivo da execução teria sido um desentendimento entre Gritzbach e Cara Preta, membro do alto escalão do PCC. Investigações apontam que o empresário teria ordenado a morte do traficante após ser cobrado por uma dívida relacionada a investimentos em bitcoins. No entanto, Gritzbach negou ser o mandante do crime e afirmou ter conhecido os envolvidos como bicheiros e agentes de jogadores de futebol.
Após a morte de Cara Preta, Gritzbach viveu momentos de medo e tensão, sendo ameaçado por Django e outros comparsas do PCC. Em seu depoimento, ele relatou invasões em sua imobiliária, reclusão e ameaças de esquartejamento. O empresário conseguiu recuperar parte do dinheiro ligado aos criminosos, o que posteriormente contribuiu para denúncias por lavagem de dinheiro.
A execução de Gritzbach no aeroporto chocou a sociedade, sendo cometida na frente de seu filho e registrada por câmeras de segurança. O empresário, que já havia sido alvo de um suposto atentado anteriormente, mantinha negócios na área de bitcoins e criptomoedas, o que possivelmente motivou sua morte.
Diante de todas as circunstâncias envolvendo a vida e a morte de Antônio Vinicius Lopes Gritzbach, é evidente a complexidade e o perigo das relações com organizações criminosas, assim como a fragilidade da segurança e justiça em determinados contextos. A execução do empresário marca mais um triste capítulo da violência e da criminalidade que assolam o país.