Gritzbach era conhecido por sua colaboração com o Ministério Público de São Paulo, onde atuou como delator em uma investigação que expunha esquemas de lavagem de dinheiro associados ao Primeiro Comando da Capital (PCC), uma das facções criminosas mais temidas do Brasil. As informações preliminares indicam que a vítima teria fornecido ao MPSP documentos e provas que ligavam criminosos do PCC à contratação de jogadores de futebol proeminentes, ilustrando a espiral de corrupção que permeia não apenas o esporte, mas diversas esferas da sociedade.
Os detalhes do ataque são alarmantes. A polícia acredita que o crime pode ser uma ação de “queima de arquivo”. Gritzbach, além de ser um colaborador da Justiça, possui um histórico complexo, sendo considerado suspeito no assassinato de outros dois membros da facção em dezembro de 2021. Os disparos no aeroporto foram realizados com armas de calibres elevados, 762 e 765, sugerindo um plano bem estruturado para eliminar a testemunha.
Ao chegarem ao local, as equipes do Corpo de Bombeiros se depararam com Gritzbach já sem vida. As vítimas feridas seriam seguranças que o acompanhavam, o que levanta a possibilidade de que os ataques foram direcionados para eliminar não apenas Gritzbach, mas também qualquer proteção que ele tivesse.
A morte deste empresário reitera a constante batalha entre o poder da criminosa e as autoridades. A sequência de eventos neste caso mostra que, mesmo com o aumento das medidas de segurança em áreas como aeroportos, o alcance das facções continua a se expandir, colocando em risco a vida de aqueles que se opõem, expõem ou tentam romper o ciclo do crime organizado. A investigação continuará a apurar não apenas os responsáveis pelo ataque, mas também as ramificações que essa tragédia pode trazer para o combate ao PCC e a integridade das instituições no Brasil.