A história teve início quando Nascimento entrou em contato com a empresa Jurgenfeld Ateliê – Convites de Casamento, localizada em Pederneiras, no interior de São Paulo. Ao informar que se tratava de um casal homossexual, o responsável pela empresa recusou o atendimento, alegando que a empresa não realizava convites para casais do mesmo sexo.
Surpreso com a atitude discriminatória, Nascimento procurou a Polícia Civil e registrou um boletim de ocorrência. A investigação agora está a cargo da Delegacia de Repressão aos Crimes Raciais, contra a Diversidade Sexual e de Gênero e outros Delitos de Intolerância (Decradi), que irá apurar se houve crime de homofobia por parte do proprietário da empresa.
A situação ganhou repercussão nas redes sociais após o dono da Jurgenfeld Ateliê publicar um vídeo e um texto justificando a decisão de não atender casais homossexuais. Nas postagens, ele afirmou que a empresa acredita na família tradicional e criticou a pressão para realizar eventos LGBTQIA+. Após a repercussão negativa, o texto foi excluído das redes sociais.
Advogados consultados sobre o caso consideraram a conduta da empresa criminosa, destacando que é proibido recusar atendimento com base na orientação sexual ou identidade de gênero do cliente. A atitude discriminatória gerou indignação e reacendeu o debate sobre os direitos da população LGBTQIA+ no Brasil.
Até o momento, os responsáveis pela empresa não se pronunciaram publicamente sobre o caso. A expectativa é de que a investigação esclareça o ocorrido e tome as medidas cabíveis diante do crime de discriminação. A luta contra a homofobia e demais formas de preconceito continua sendo uma pauta importante na sociedade contemporânea.