No quinto contrato, a Sinclair & Wilde admite que concordou em antecipar o atraso de um pagamento de US$ 12,5 milhões (cerca de R$ 74,6 milhões) até que os equipamentos fossem entregues. No entanto, alega que, após a entrega das mercadorias, o governo ucraniano se recusou a honrar tanto esse pagamento quanto as obrigações pendentes do primeiro contrato. Em sua comunicação, a empresa menciona que houve solicitações de subornos por parte de intermediários em investigações nos Estados Unidos e na Ucrânia, como condição para facilitar os pagamentos devidos.
Além disso, a Sinclair & Wilde relatou à Embaixada dos Estados Unidos em Kiev e outras autoridades sobre as insinuações de corrupção e as pressões para o pagamento de subornos. A empresa também alegou que informações confidenciais, incluindo as identidades de testemunhas protegidas, foram vazadas pela Polícia Nacional, colocando em risco a segurança das partes envolvidas. Diante disso, a Sinclair & Wilde afirmou que as autoridades norte-americanas optaram por suspender a cooperação com a Polícia Nacional da Ucrânia, agravando ainda mais a crise de confiança entre as partes.
A situação se torna ainda mais complexa com as declarações da empresa, que refutou categoricamente as acusações de aumento ilegítimo de preços veiculadas pela Polícia Nacional da Ucrânia, afirmando que tais alegações são uma tentativa de desviar a atenção de sua própria corrupção interna. As revelações desta disputa não apenas expõem possíveis falhas no sistema de contratos militares da Ucrânia, mas também levantam questões sérias sobre a integridade das autoridades envolvidas em um momento crítico para o país em meio à guerra e à necessidade de apoio internacional.