Representantes da Nova Frente Popular (NFP), coalizão de esquerda que venceu o pleito, classificaram as conversas desta sexta como “extremamente satisfatórias”. Manuel Bompard, do partido da esquerda radical França Insubmissa (LFI), membro da coalizão vencedora, destacou que o presidente está começando a entender que perdeu a eleição e deveria agir como um árbitro, não como um selecionador.
Em relação à nomeação do novo primeiro-ministro, Macron rejeitou a indicação da funcionária pública Lucie Castets, do bloco socialista, alegando a necessidade de um governo com apoio amplo e estável para evitar um cenário de caos político. A formação de um novo governo é essencial para garantir a estabilidade do país e responder às necessidades urgentes dos franceses.
Com a Casa dividida entre três grandes blocos – esquerda, centro macronista e extrema direita – a coalizão de esquerda pressiona pela prioridade na formação do governo, sendo a única com proposta na mesa. No entanto, o partido de ultradireita Reagrupamento Nacional (RN) e parte da direita tradicional ameaçam abrir uma moção de desconfiança contra um eventual governo de esquerda.
As disputas em torno do Orçamento para o próximo ano elevaram a pressão para a nomeação do novo premier. Macron busca promover o diálogo entre as forças republicanas para formar uma maioria estável, considerando as lições aprendidas nas eleições, onde a maioria cessante foi derrotada e nenhuma coalizão está em posição de reivindicar uma maioria absoluta, algo inédito na história da Quinta República.