Fontes diplomáticas revelam que a proposta de Abu Dhabi envolve a defesa de uma Autoridade Palestina reformada, que assumiria a liderança não apenas de Gaza, mas também da Cisjordânia e de Jerusalém Oriental, com o objetivo de promover a criação de um Estado palestino independente. Essa ideia, que conta com o apoio dos Emirados e dos Estados Unidos, enfrenta a resistência de Israel, que expressou publicamente sua oposição a essa abordagem.
As conversações não têm se limitado apenas a aspectos políticos, mas também abrangem aspectos de segurança, com o envolvimento de outras nações que possuem interesse direto na resolução do conflito. Entre as propostas discutidas, surgiram sugestões de que a implementação de uma força internacional de manutenção da paz em Gaza poderia incluir a atuação de contratados militares privados. Essa possibilidade, no entanto, gerou controvérsia e descontentamento em muitas partes da comunidade internacional, principalmente devido a acusações anteriores de abusos de direitos humanos associados a esse tipo de intervenção.
Enquanto isso, a crise humanitária em Gaza continua a se agravar. A população local, já devastada pelos conflitos, enfrenta graves dificuldades, incluindo escassez de alimentos, água e assistência médica, complicadas ainda mais pela destruição generalizada da infraestrutura. Com o cenário atual se tornando ainda mais crítico, o papel dos Emirados Árabes Unidos, assim como o das demais nações envolvidas, será crucial não apenas para o cessar-fogo, mas também para a recuperação e o futuro pacífico da região. As próximas semanas serão decisivas para o desenrolar dessas negociações e para o alívio das tensões acumuladas ao longo de tantos anos de conflito.