No evento, Nebenzya descreveu a situação como crítica, afirmando que “o mundo inteiro pode estar à beira de um desastre nuclear.” O ataque aconteceu na madrugada de sábado e atingiu locais estratégicos, como as instalações de Fordow, Natanz e Isfahan, que são vitais para o programa nuclear iraniano, segundo informações da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
O embaixador russo criticou duramente as ações dos Estados Unidos, rotulando-as como “cínicas” e afirmando que os EUA abriram uma “caixa de Pandora”, insinuando que as consequências desse ataque poderiam ser imprevisíveis e trágicas. Nebenzya sinalizou que, mesmo diante das hostilidades, o Irã expressou disposição para negociações visando um cessar-fogo na região. No entanto, ele questionou a sinceridade das intenções americanas, afirmando que “ninguém que seja sensato pode acreditar nos nossos colegas norte-americanos.”
Além das ofensivas do exército estadunidense, o cenário se intensificou com novos ataques aéreos realizados pelo Irã e Israel, evidenciando um clima de guerra ainda mais crescente. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, já havia alertado que o Irã estava perto de desenvolver uma arma nuclear, uma alegação que o governo iraniano nega categoricamente.
Em meio a essa escalada militar, o ex-presidente Donald Trump declarou que as ações dos EUA poderiam se intensificar caso o Irã não conseguisse um acordo de paz. Ele ressaltou que as ofensivas deveriam ser contidas, alertando que “ou haverá paz, ou haverá uma tragédia para o Irã, muito maior do que a que testemunhamos nos últimos dias.”
Na busca por soluções diplomáticas, na semana anterior, o ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araqchi, se encontrou com líderes da Europa, como os do Reino Unido, França e Alemanha, para discutir caminhos que possam reduzir as tensões entre o Irã e Israel. A luta por uma solução pacífica, no entanto, enfrenta obstáculos consideráveis, dada a atual conjuntura de hostilidades.
