Ao chegarem ao local, os especialistas do Biota confirmaram a condição do mamífero aquático, realçando as dificuldades operacionais envolvidas no resgate por causa da área de difícil acesso. Em comunicado, o Instituto informou que o plano para retirar a baleia do local está agendado para esta segunda-feira (12). A tarefa estava inviabilizada na noite do domingo devido às complicações logísticas e à presença de pouca luz, que impediriam uma operação segura e eficaz.
Este incidente marca o segundo encalhe de baleia-jubarte em Alagoas apenas neste ano, conforme informações fornecidas pelo Projeto Baleia Jubarte. No mês passado, um filhote da mesma espécie foi encontrado sem vida no Porto de Maceió, situado no bairro Jaraguá. De acordo com os dados do projeto, esses eventos trágicos reiteram a necessidade de monitoramento contínuo e de medidas preventivas para proteger essas majestosas criaturas marinhas.
Especialistas em biologia marinha ressaltam que o aumento nos casos de encalhe pode ser um indicativo de fatores ambientais desfavoráveis, como mudanças nas correntes marítimas, poluição dos oceanos e até mesmo possíveis alterações climáticas que afetam diretamente as rotas migratórias das baleias-jubarte. Além disso, a pesca intensiva e o tráfego marítimo constante são apontados como potenciais ameaças que contribuem para esses tristes episódios.
O triste destino desse mamífero marinho chamou a atenção dos residentes locais e levantou debates sobre a conservação da vida marinha e a importância de políticas públicas eficazes. A sensibilização da população e o engajamento em práticas sustentáveis são vistos como passos cruciais para minimizar futuros encalhes e fatalidades entre as espécies marinhas.
O Instituto Biota de Conservação continua comprometido com a preservação da vida marinha em Alagoas e exorta a população a colaborar na proteção do ecossistema marinho da região, reportando avistamentos de animais em perigo e evitando ações que possam prejudicar suas rotas naturais. Com esforços coletivos e uma abordagem proativa, espera-se que tais incidentes possam ser reduzidos, contribuindo assim para um equilíbrio ecológico mais saudável e sustentável.
