O Ministério Público de Alagoas (MPAL) não hesitou em apresentar uma denúncia robusta contra o acusado, explicitando os fatores agravantes do crime, classificados como de motivo torpe e execução covarde, que teria impossibilitado qualquer forma de defesa da vítima. De acordo com o depoimento do próprio réu, o homicídio foi friamente premeditado: Baião aguardou que Dorgival se retirasse da feira livre e retornasse sozinho para sua panificação, momento em que então perpetrou o ataque de forma brutal.
Dorgival Barros de Araújo, conhecido por seu espírito generoso e querido por todos em Cacimbinhas, viu sua vida ser tragicamente ceifada. As características do crime chocaram a população local, que se uniu em um forte sentimento de comoção e apoio à família da vítima. Segundo o promotor de Justiça Izelman Inácio, que conduz o caso, é imperativo que a justiça seja feita, reivindicando a aplicação da pena máxima prevista em lei para crimes dessa natureza.
O laudo cadavérico realizado pelo Instituto Médico Legal (IML) confirmou que a causa mortis foi um traumatismo torácico, causado por um objeto perfurocortante. As descrições mostraram-se alinhadas com a cena encontrada pelas autoridades policiais, onde o acusado permanecia com a arma do crime ainda em mãos, num cenário que impressionou os agentes de segurança da Polícia Militar e Guarda Municipal que responderam à ocorrência.
A expectativa agora é que o julgamento traga respostas e um sentimento de justiça a uma comunidade que ainda lamenta a perda de um de seus membros mais estimados. O desfecho desse caso pode marcar um importante precedente no combate à violência motivada por ciúmes e possessividade, mostrando a necessidade de ações mais enérgicas para coibir atos de tal brutalidade.