Durante sua intervenção, Musk declarou o apoio à AfD, afirmando que acreditava que o partido deveria ser visto como “a melhor opção para a Alemanha”. Tais declarações não são novidade para Musk, que já havia manifestado sua posição em conversas anteriores com Weidel na plataforma de microblogging X, onde frequentemente compartilha suas visões e engajamentos políticos. Ele incentivou os cidadãos alemães a não se envergonharem de seu passado, mas a se sentirem otimistas em relação ao futuro do país. Essas declarações de Musk estão alinhadas com o caráter conservador da AfD, que tem defendido a preservação cultural e a melhoria das condições de vida dos cidadãos alemães.
Musk, que já foi um dos grandes doadores da campanha presidencial de Donald Trump, não tem se esquivado de provocar controvérsias, especialmente em relação ao governo do chanceler Olaf Scholz, a quem criticou severamente. A relação entre Elon Musk e o continente europeu tem sido tumultuada, especialmente após comentários que abertamente deslegitimaram a gestão de Scholz, levando a uma onda de críticas nas mídias sociais e nas esferas políticas.
Além disso, ele teceu severas críticas à União Europeia, sugerindo que seria benéfico para a Alemanha e outras nações do continente terem mais autonomia em relação a Bruxelas. Essa visão ressoa com a retórica de partidos à direita, como a AfD, que se opõem à burocracia da UE e clamam por maior soberania nacional.
Weidel não hesitou em aproveitar a oportunidade para expressar sua gratidão a Musk, Trump e outros líderes conservadores, com a intenção de revitalizar o nacionalismo alemão. A frase “vamos tornar a Alemanha grande novamente”, uma adaptação da famosa slogan de Trump, destacou a intenção clara da AfD de se alinhar com ideias nacionalistas e conservadoras que têm encontrado eco em várias partes do mundo ocidental.
Entretanto, a presença de Musk na política europeia não é isenta de polêmica. Recentemente, ele foi criticado por uma gesticulação que lembra a saudação nazista, levantando questões sobre a responsabilidade de figuras públicas em manter uma linha clara em relação a ideologias extremistas, especialmente em um país com um passado tão conturbado como a Alemanha. O envolvimento de Musk com a AfD e sua abordagem provocativa em relação à política europeia levantam preocupações sobre a normalização das vozes radicais na arena política, tanto na Alemanha quanto em todo o continente.