Um dos casos mais conhecidos é o de Allan dos Santos, cujas contas nas redes sociais foram congeladas no contexto do inquérito das milícias digitais. A PF investigou sua movimentação financeira e identificou que ele utilizava suas plataformas para propagar ideias contrárias ao Estado Democrático de Direito. Dos Santos, que se encontra nos EUA desde 2020, tem burlado as determinações de Moraes criando novas contas em diferentes redes.
Outro nome em destaque é o ex-deputado Roberto Jefferson, que teve suas contas bloqueadas também por ordem do ministro. Jefferson chegou a ser preso por desacatar decisões judiciais, demonstrando resistência às medidas impostas pelo STF. Sua defesa alega que as restrições prejudicam a atividade profissional e jornalística de mais de 50 colaboradores ligados a ele.
Daniel Silveira, ex-deputado cassado, teve suas redes bloqueadas após pronunciamentos polêmicos em defesa do AI-5. Silveira foi condenado a prisão pelo STF por crimes de coação e tentativa de impedir o livre exercício dos Poderes. Sua defesa pediu investigação e prisão de Moraes, alegando abuso de poder por parte do ministro.
O empresário Luciano Hang e o jornalista bolsonarista Oswaldo Eustáquio também tiveram suas contas bloqueadas por Moraes, em meio a investigações que apontam para condutas antidemocráticas por parte desses perfis. Além disso, ameaças de morte e incitação à violência contra o ministro do STF foram identificadas em perfis de terceiros.
Os casos de bloqueio de contas nas redes sociais por determinação judicial evidenciam o embate entre liberdade de expressão e respeito às instituições democráticas no Brasil. A atuação de Elon Musk ao sinalizar a possibilidade de desrespeitar decisões do STF promete continuar gerando controvérsias e debates acalorados sobre os limites da liberdade de expressão no ambiente digital.