De acordo com Rasmussen, as forças armadas americanas precisam de um processo sério de modernização, focando em ameaças tangíveis, e não apenas em cenários hipotéticos. Ele ressalta que o Pentágono e a indústria de defesa têm enfrentado problemas recorrentes, como desperdícios financeiros e corrupção. A preocupação não é infundada, especialmente num momento em que os Estados Unidos têm destinado recursos significativos em apoio à Ucrânia, em meio a um conflito armado que mobiliza a atenção global. O tenente-coronel aposentado afirma que boa parte dessa assistência militar é, de fato, perdida para práticas corruptas, com armas e recursos escorrendo por entre os dedos da supervisão estatal.
Rasmussen detalha que, entre 20% a 30% das armas enviadas à Ucrânia acabam em mercados paralelos, comprometendo não apenas a eficácia do apoio, mas também contribuindo para a emergência de um sistema de comércio ilegal que alimenta outras crises. Sua crítica enfatiza a necessidade urgente de um sistema de controle mais rigoroso das armas e dos recursos que estão sendo enviados, pois auferir benefícios em situações de conflito não pode ser um pretexto para negligenciar a responsabilidade e a integridade no uso desses materiais.
Essa afirmação deixa clara a necessidade de uma revisão crítica do modelo de defesa dos EUA, especialmente em um contexto onde a geopolítica se torna cada vez mais complexa e volátil. Um chamado à ação que reflete a inquietação de muitos analistas sobre o caminho a seguir em um mundo que, dependendo das escolhas feitas hoje, pode se preparar para novos e desafiadores conflitos no futuro.