Segundo informações apuradas pela coluna, Elmar, que anteriormente havia feito acenos ao PT durante as eleições municipais de outubro, desejava destinar a maior parte das emendas para Salvador, capital governada por seu correligionário Bruno Reis. Questionado pelos colegas, o líder do União Brasil respondeu de forma exaltada que era oposição ao PT, que governa a Bahia há 18 anos, e ameaçou não assinar a ata da reunião caso não fosse atendido.
Essa postura de oposição contrasta com a aproximação que Elmar vinha buscando com o PT nos últimos anos, especialmente visando a eleição para a presidência da Câmara em 2025. O deputado baiano fez gestos de apoio ao PT, como ao fazer o “L” de Lula durante um comício em setembro e ao subir no palanque de um governador petista durante a campanha municipal de outubro.
No entanto, Elmar foi preterido pelo PT, pelo próprio União Brasil e pelo candidato escolhido para a presidência da Câmara, Hugo Motta, do Republicanos da Paraíba. Além disso, suas tentativas de assumir um ministério no início do governo Lula foram vetadas por lideranças do PT na Bahia.
Diante desses acontecimentos, Elmar Nascimento tem se afastado cada vez mais do PT e transformado sua postura em oposição à legenda, sinalizando uma divisão dentro do União Brasil e uma mudança em sua trajetória política. O deputado não se pronunciou sobre o assunto, deixando dúvidas sobre seus próximos passos e alianças partidárias. O cenário político na Bahia e na Câmara dos Deputados continua a se transformar conforme as decisões e movimentos dos atores envolvidos.