Trump, ex-presidente e atual candidato republicano, tem enfatizado a necessidade de encerrar a guerra, argumentando que um acordo com a Rússia é preferível a manter um conflito prolongado. Ele se posiciona como um “não intervencionista”, buscando diálogo e negociações diretas, como as que tentara anteriormente com líderes como Xi Jinping e Vladimir Putin. Segundo analisadores, sua postura pode oferecer uma maior flexibilidade nas relações com Moscou, embora no passado ele tenha imposto diversas sanções à Rússia, contribuindo para um aumento das tensões.
Por outro lado, Kamala Harris, a atual vice-presidente e candidata pelo Partido Democrata, tem uma linha mais alinhada com a política externa da administração Biden. Sua abordagem é considerada mais agressiva, com forte apoio ao governo ucraniano e uma postura de continuidade em relação às ajudas financeiras que já superam os 100 bilhões de dólares. No entanto, analistas apontam que Harris pode encontrar dificuldades em manter esse nível de apoio, especialmente se o clima político interno nos EUA se tornar hostil a novas alocações de recursos.
Esse antagonismo nas estratégias dos dois candidatos levanta questões sobre o futuro da OTAN e do apoio à Ucrânia. Harris, respaldada por um segmento significativo do Partido Democrata, buscaria pressionar por um fortalecimento da aliança militar ocidental, enquanto Trump poderia reformular as relações, tornando-as menos dependentes de compromissos financeiros constantes.
O cenário eleitoral e as possíveis mudanças nas políticas externas dos EUA terão repercussões não apenas na Ucrânia, mas também na dinâmica geopolítica global, incluindo as relações com a Europa e a Rússia. O mundo observa atentamente o desenrolar dessas eleições, ciente de que o êxito de um dos candidatos poderá influenciar significativamente a estabilidade e segurança na região e além. Assim, 2024 se apresenta não apenas como uma escolha entre dois líderes, mas como uma decisão crítica sobre a direção da política externa americana nas próximas décadas.