Pezeshkian conquistou 42,4% dos votos, enquanto Jalili obteve 38,3%. O presidente do Parlamento, Mohammad Bagher Qalibaf, ficou com 13% dos votos, enquanto o clérigo xiita Mostafa Pourmohammadi obteve menos de 1%. Agora, com Jalili enfrentando Pezeshkian sozinho no segundo turno em 5 de julho, a campanha do reformista precisa mobilizar os eleitores que optaram por não participar da primeira fase.
A baixa participação eleitoral foi interpretada como um protesto generalizado contra o atual sistema político do Irã, refletindo a frustração e a apatia de grande parte da população. A falta de entusiasmo se evidenciou ainda mais com mais de 1 milhão de votos anulados, sinalizando que muitos eleitores se sentiram obrigados a votar, mas não se identificaram com nenhum dos candidatos.
A perspectiva de um segundo turno entre Pezeshkian e Jalili levanta preocupações sobre o futuro do país, especialmente em meio às tensões crescentes no Oriente Médio. Com Jalili sendo descrito como “estupefato opaco” em negociações e conhecido por suas posições ultraconservadoras, a possibilidade de sua vitória preocupa tanto internamente quanto internacionalmente.
Enquanto o Irã enfrenta desafios econômicos e protestos contra a repressão policial, a decisão dos eleitores no segundo turno terá repercussões significativas para o país. A expectativa é que os debates em torno das relações com o Ocidente, a questão nuclear e as liberdades civis estejam no centro das discussões durante a campanha eleitoral.
O destino do Irã agora está nas mãos dos eleitores, com a decisão de quem ocupará o cargo presidencial nas próximas eleições podendo moldar significativamente o futuro político e econômico do país. A segunda rodada de votação em 5 de julho será crucial para determinar o curso que o Irã tomará nos próximos anos.